A Química das Almas
A QUÍMICA DAS ALMAS
Prefácio
(inspirado na Psicologia Analítica de Carl G. Jung)
“A vida mais rica e plena é aquela em que o inconsciente se torna consciente.”
— Carl Gustav Jung
O encontro de duas personalidades é como o contato de duas substâncias químicas: se houver reação, ambas se transformam.
Talvez o amor seja exatamente isso uma alquimia que acontece no invisível.
Não é a soma de dois corpos, mas o nascimento de uma terceira força: a transformação de duas almas que se reconhecem.
Quando o outro chega, ele não vem apenas para preencher um espaço,
mas para revelar o que ainda dorme em nós.
É como se o inconsciente nos entregasse um espelho vivo, mostrando partes esquecidas, desejos reprimidos, fragmentos que pedem integração.
Na linguagem de Jung, é o Animus e a Anima que se encontram as forças masculina e feminina que habitam cada um de nós, buscando, através do amor, um caminho de equilíbrio e completude.
Por isso, o verdadeiro encontro não é leve no sentido banal.
Ele é leveza profunda porque nos exige presença.
Nos pede entrega.
E, acima de tudo, nos chama à transformação.
O amor, quando consciente,
é o processo mais espiritual e humano que existe.
É o laboratório da alma.
É o espelho que cura, o toque que desperta,
o silêncio que acolhe.
E quando algo novo chega quando duas almas se tocam e reagem é assim que começa:
primeiro um sopro,
um olhar, um gesto simples.
E de repente, sem que se perceba, o coração já está respondendo.
O amor nasce.
Sem promessas.
Sem garantias.
Mas com presença.
E se houver reação, ambos renascem.
Capítulo I — O Nascimento do Amor
Era como se o tempo tivesse aberto uma fresta generosa para que algo novo nascesse.
Não veio com alarde. Veio como a brisa que entra pela janela quando ninguém percebe.
Suave.
Quase tímido.
Mas real.
Há encontros que não se explicam pela lógica, nem se encaixam nas leis do tempo. São encontros que nascem de uma frequência silenciosa, quase invisível, mas tão real que move o que parecia imóvel.
Quando duas almas se reconhecem, elas não se procuram mais… apenas se encontram.
Foi Jung quem disse que “O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação.”
E talvez seja exatamente isso, um encontro que não veio para ser passageiro, mas para curar, moldar, refinar o que antes estava em desalinho.
Ele é a minha cura, e eu sou a dele.
Não porque um precise salvar o outro, mas porque juntos nos tornamos inteiros.
É como se sua presença despertasse em mim a lembrança de quem eu sou, e a minha luz acendesse nele a vontade de ser melhor.
Quando nossas almas se tocaram, naquele instante simples, mas eterno, percebi que amor não é dependência, nem pressa, nem possessão. Amor é quando o outro se torna um espelho de alma. Quando o tempo perde o controle, e o silêncio fala.
Deus, com sua caligrafia misteriosa, escreve o certo por linhas tortas.
E talvez o que Ele esteja escrevendo agora seja a nossa história, não uma história de final previsível, mas de evolução, propósito e entrega.
Porque quando o amor vem da alma, ele não pede, não exige, não sufoca.
Ele apenas é.
E o que é, permanece.
Escrito por Cristiane Pritski, em 21/10/2025, com carinho e reflexão, para aqueles a que buscam inspiração e transformação em sua própria jornada.



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